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Ansiedade: normal ou patológica?

Por Sara Andreozzi Petrilli do Nascimento

A expressão “mal do século” era por muito tempo uma referência direta à depressão, contudo, atualmente é também dirigida à ansiedade pelo crescente número de diagnósticos que lotam as salas de atendimento psiquiátrico e psicológico.

As crises de ansiedade, seguida pelo desconforto físico e emocional levam desde crianças a idosos ao consultório em busca de ajuda.

É muito comum nos depararmos com postagens em redes sociais e status relacionados à definição do transtorno e aos sintomas, são gritos de socorro.

As pessoas estão falando mais sobre a ansiedade e assumindo que estão sofrendo.  

Ansiedade não é frescura e não é sinal de fraqueza. Segundo a OMS o Brasil é o país mais ansioso do mundo.

São 18,6 milhões de brasileiros que convivem com o transtorno de ansiedade, mesmo com tanta informação, ainda há muito preconceito e resistência ao uso de medicamentos.

Todos nós temos ansiedade pois faz parte da vida, sendo acarretada pela rotina dinâmica e extremamente exigente por resultados.

São preocupações excessivas com o futuro, que é incerto, um sofrimento por antecipação, medo de perder o controle.

Geralmente, os sintomas não aparecem nos exames físicos (médicos).

A ansiedade considerada normal é caracterizada por uma preocupação de curto prazo, geralmente até que o problema se resolva, como exemplo, pagamento de uma dívida.

O transtorno de ansiedade é quando as preocupações afetam a qualidade de vida e interferem nas atividades diárias (social, profissional ou relacionamentos).

O paciente pode desenvolver ataques de pânico (duração de dez a vinte minutos aproximadamente, caracterizado por taquicardia, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, tontura, medo de morrer e outros) que é diferente de Transtorno de Pânico (é necessário que tenham ocorrido ataques de pânico recorrentes, com frequência de vários ao dia ou dias alternados).

Outros desdobramentos do transtorno são: TOC (obsessões e compulsões), hipocondria (medo excessivo de adoecer), fobia específica (ex. medo de cachorro), agorafobia (medo de lugares abertos), ansiedade social (medo de interações, confundido com timidez), transtorno de separação (comum entre crianças que não suportam ficar longe da figura cuidadora), transtorno de estresse pós-traumático (perda significativa), entre outros.  

Mudanças nos hábitos diários podem ajudar, como: fazer atividades prazerosas, ser mais organizado (planejamento), ter atitude positiva diante da vida, respeitar os próprios limites, delegar tarefas, relativizar os problemas, cuidar do corpo e do emocional.

Sara Andreozzi Petrilli do Nascimento Psicóloga da Clínica Elgra, especialista em Psicossomática Psicanalítica e Pós-graduada em Psicologia Hospitalar. CRP 82574/06

Imagem: Folha de Ribeirão Pires

Sara Andreozzi Petrilli do Nascimento

Psicóloga, especialista em Psicossomática Psicanalítica e Pós-graduada em Psicologia Hospitalar

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