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Mistério Pascal; Mistério Central

Por Dom Pedro Carlos Cipollini

Saudando a você que está lendo estas linhas, desejo uma feliz e santa Páscoa! Este dia é santo. Para nós é dia da alegria perfeita porque este mistério que celebramos é o centro de nossa fé: “Se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e a nossa fé” (1Cor 15,14).

Jesus morreu na cruz por amor a nós. Ao morrermos para o pecado e tudo o que nos separa de Deus e dos irmãos, temos a certeza de que ressuscitaremos com Ele.

Ressuscitar com Cristo é ter a vida plena e eterna, para a qual fomos criados e vocacionados.

Vida eterna é a vida no amor, com Deus para sempre.

Mas, falar em mistério hoje o que nos inspira?

Mistério é uma realidade que ultrapassa nossa capacidade de compreensão sobre esta terra; é algo que nos foi revelado por Deus e que nós cremos.

Diante do mistério, nós respondemos com nossa fé: “a fé que é a certeza daquilo que esperamos e a prova do que não se vê” (Hb 11,1).

A palavra “páscoa” vem do arameu “phasha” e do hebraico “pesah”, que significa passar, transitar: “Havendo chegado a hora de passar deste mundo ao Pai” (Jo 13,1).

Jesus, morrendo, destruiu a morte e abriu as portas da vida eterna para nós. Ele mesmo faz esta passagem (páscoa).

Mergulhado na morte, Ele a destrói e, vencedor, abre a todos as portas da vida eterna.

Celebrar a páscoa é adentrar no mistério central de nossa fé.

Acreditar na ressurreição de Jesus tem consequências práticas para nossa vida. Quais são?

Não desanimar nunca. Saber que é morrendo que se vive. Ter a firme convicção de que, assumindo e vivendo os ensinamentos de Jesus Cristo, poderemos morrer como Ele, mas ressurgiremos gloriosos também.

Acreditar que é pela cruz que se chega à luz. Que a vida não é tirada, mas transformada.

Ter convicção de que a última palavra é da vida e não da morte.

Que nossa Diocese celebre a Páscoa com alegria, não obstante a sombra desta onda de “coronavírus” que a todos preocupa.

Permaneçamos firmes na fé e unidos na esperança, porque a “esperança não decepciona” (Rm 5, 5).

Recebam todos minha bênção de pai e pastor.

Imagem: Folha de Ribeirão Pires

Dom Pedro Carlos Cipollini

Bispo Diocesano

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