Editorial

MP deveria acionar o prefeito e os vereadores

Da Folha de Ribeirão Pires

O Ministério Público de Ribeirão Pires deveria processar o prefeito Kiko Teixeira e os vereadores que votaram favoráveis a lei de doação da área da Fábrica de Sal para a Fiesp.  

Nada contra a construção de uma unidade do Sesi mais moderna e que atenda um maior número de pessoas, mas sim, por não cumprirem a legislação.

Para abrigar o Sesi, o prefeito e os vereadores desabrigaram uma escola municipal, a sede da biblioteca e entregaram um prédio histórico para a iniciativa privada.

Apesar dos alertas, a iniciativa de Kiko foi aprovada pela Casa Legislativa sem maiores precauções, não quiseram nem saber das leis vigentes no país e na cidade, simplesmente disseram ‘amém’, tudo por medo do desgaste junto aos familiares dos estudantes.

A omissão dos vereadores em debater dentro da lei o tema, não resolveu o problema dos alunos, apenas piorou a situação dos prédios existentes no terreno doado.

A Justiça embargou a doação, a Prefeitura retirou a biblioteca do local, e os vândalos destruíram o prédio.

Hoje, ao invés de livros, as pichações e degradações estão à disposição da população.

A desculpa de que a doação iria “salvar” a Fábrica de Sal até agora não surtiu efeito.

O espaço histórico segue servindo de motel e porto seguro para traficantes e usuários de drogas.

Por enquanto, a única edificação que segue em pé é onde está a escola municipal, essa, salva graças a pressão da Justiça que rejeitou o novo espaço da unidade de ensino.

As soluções de Kiko não deram certo, só foram acertadas na visão dos vereadores que merecem figurar na Ação Civil Pública, caso a Promotoria resolva propor investigações.

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