Editorial

A quarentena diminuiu a criminalidade?

Da Folha de Ribeirão Pires

Não é de hoje que Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra conseguem atingir boas reduções nos principais índices criminais.  Há quem diga que esse cenário de queda, apresentado não só na microrregião, mas também nas demais cidades do Grande ABC, é fruto da quarentena. Será mesmo?  

De fato, lá no início da pandemia, era possível observar ruas mais vazias, comércios fechados e um fluxo menor de pessoas, mas essa já não é mais a nossa realidade no momento. Pelo contrário, no mês de julho, quando os dados divulgados pela SSP foram registrados, boa parte das atividades já havia retomado e a circulação já estava bem mais alta do que nos meses anteriores. Apesar disso, os números apresentados recentemente mantiveram-se em baixa - o que mostra que rua movimentada não é sinônimo de mais vítimas de crimes. 

É possível que a quarentena tenha refletido de certo modo em tais estatísticas, mas é perceptível que o trabalho policial também colaborou com a redução. Na edição da Folha desta sexta-feira (28) trazemos duas matérias que mostram que a criminalidade ainda se faz presente em nosso cotidiano, mas que, por outro lado, revelam um trabalho rápido e efetivo das forças policiais em ambas cidades - casos em que houveram apreensão de drogas, suspeitos detidos em flagrante e recuperação de objetos furtados. Delitos que podem corroborar diretamente com estatísticas ainda mais graves, como a de homicídio. 

Ainda é muito cedo para dizer se esse cenário “pacífico” permanecerá por mais tempo na região e qual o seu real motivo. Mas é notável que há profissionais que trabalham e são responsáveis por essa marca.

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