Editorial

Saúde de RP permanece em nível de pré-colapso

Da Folha de Ribeirão Pires

O problema na demanda por medicamentos para fazer a intubação de pacientes em estado grave com Covid-19 não deve ser solucionado rapidamente em Ribeirão Pires. 

Vimos na última semana que a Saúde da Estância entrou novamente em um nível “pré-colapso”. Após 40 mortes devido à falta de leitos de UTI na cidade, registradas no mês de março, agora, o Hospital de Campanha aciona um alerta gravíssimo, haja vista o volume baixo no estoque de sedativos e neurobloqueadores, usados quando o paciente precisa ser intubado e submetido à ventilação mecânica.   

Ao final da última terça-feira (27), a Prefeitura afirmou que o estoque destes medicamentos apenas estaria disponível para mais dois dias. O Executivo mostrou à população que estava mais uma vez na corda bamba, tendo em vista que a compra de novos medicamentos através dos atuais fornecedores apenas seria possível se houvesse a quitação de pendências financeiras, que resulta no acumulado de R$ 11,189 milhões em dívidas.   

No último dia 30, R$ 279 mil foram gastos pela Prefeitura, com novos fornecedores, para a compra de medicamentos que compõem o kit intubação. O novo lote deve durar menos de um mês. Isto pode vir a indicar a iminência de um novo colapso na Saúde e consequentemente, a população estará sujeita a novas crises.  

Conferimos que não é só empurrar a responsabilidade para as costas do Ministério da Saúde ou do Governo do Estado, pois, a Administração Municipal deve tomar ciência do seu papel de proteger e cuidar daqueles que recorrem à saúde pública para sobreviver à infecção da Covid-19. Nesta balança, quem sai prejudicado é o cidadão. 

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