Editorial

Sobre empréstimos: eles custarão bem caro

Da Folha de Ribeirão Pires

Até onde é válido arriscar comprometer a saúde financeira de um município? Essa é uma pergunta que o prefeito de Ribeirão Pires (PL) Guto Volpi está pagando caro para obter respostas.

Nenhum investimento cai do céu, e para custar algumas obras que estão em andamento e outras delas ainda sob promessa, a gestão atual tem recorrido aos empréstimos junto a União e agora ao Estado e colocando em xeque alguns dos tributos essenciais ao município.

Ainda sob o comando de Clovis Volpi (PL), foi solicitada uma linha de crédito junto ao Finisa (Financiamento à Estrutura e ao Saneamento) no valor R$ 30 milhões. Logo depois, Guto voltou a recorrer a Caixa para tentar angariar mais R$ 30 milhões. Agora, o prefeito quer mais R$ 50 milhões do Estado - o que pode elevar o montante da dívida em R$ 110 milhões.

Não é errado buscar recursos em prol do desenvolvimento da cidade, mas a forma como as coisas estão caminhando em Ribeirão Pires acende um sinal de alerta.

O primeiro ponto a ser discutido é a qualidade das obras realizadas com o valor obtido por meio dos empréstimo - como é o caso do recapemaneto de algumas vias que, apesar do pouco tempo, já começam a apresentar problemas.

Outra questão é referente ao futuro do município, que pode chegar a uma verdadeira catástrofe econômica, assim como aconteceu em Mauá com seus mais de R$ 1 bilhão em dívidas com a União. Uma gestão comprometida também deve pensar no futuro.

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