Aparelho foi encontrado por acaso após vistoria de um servidor municipal
Imagem:Foto: Arquivo Pessoal
O destino do Tomógrafo encontrado emparedado na cidade de Ribeirão Pires será a reciclagem.
Segundo a Prefeitura da Estância, o aparelho doado em 2009 pela Prefeitura de São Caetano do Sul não poderá ser reativado.
A Prefeitura esclareceu que segue em andamento processo de Sindicância para a apuração dos fatos relacionados ao Tomógrafo encontrado confinado entre quatro paredes.
De acordo com documentação analisada, a fabricante do referido Tomógrafo informou que em 2002 esse equipamento foi descontinuado, ou seja, não é fabricado há muitos anos.
A Nota da Administração enfatiza ainda que em 2013, o município deu baixa no patrimônio e levou o Tomógrafo à leilão em 2015, considerando o aparelho um bem inservível.
Significa dizer que há 6 anos já foi identificada a impossibilidade de utilização do aparelho pela rede municipal.
O Paço diz que após a conclusão do processo de Sindicância, será definida a destinação do antigo Tomógrafo.
Três investigações foram abertas para apurar responsabilidades.
O Ministério Público quer saber mais detalhes sobre o aparelho localizado por acaso em uma sala inacabada do Complexo Hospitalar em obras.
A Polícia Civil abriu inquérito visando apurar se houve perigo a vida de pacientes da UPA e servidores.
E a Prefeitura abriu Sindicância para localizar os responsáveis pelo emparedamento do equipamento de Saúde.
A medida foi tomada após relatos de ex-secretários afirmando que as paredes foram levantadas para evitar contaminação por radiação, contudo, para se evitar contaminação as paredes deveriam estar revestidas com chumbo, o que não ocorreu.
A Prefeitura adquiriu, por cerca de R$ 660 mil, novo Tomógrafo, colocado em utilização em 2017.
De lá para cá, mais de 5300 tomografias foram realizadas, zerando a fila de espera pelo procedimento na rede municipal.
O caso: O Tomógrafo foi descoberto no dia 19 de novembro por um funcionário da equipe de manutenção da UPA Santa Luzia, contudo, o caso só veio à tona após o vereador Amigão D’Orto (PTC) ter ido ao local para verificar a denúncia.
O parlamentar esteve nas obras na manhã do dia 21 de novembro, mas acabou impedido de chegar até a sala, mesmo após acionar a Polícia Militar.
Em decorrência do impedimento em vistoriar o ambiente, Amigão procurou o Ministério Público da cidade e protocolou pedido de investigação, bem como acionou a Polícia Civil.