Fila gigantesca quando foi anunciada vagas para novo mercado em Ribeirão Pires no dia 23 de janeiro
Imagem:Redação
A taxa média de desemprego no país caiu para 11,9% em 2019. O percentual é inferior ao registrado em 2018, que foi 12,3%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada no final de janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Grande ABC criou 4.803 empregos no período, sendo 738 novas vagas em Ribeirão Pires e 73 em Rio Grande da Serra. Entretanto, nem tudo é comemoração. Se por um lado criou-se empregos, por outro, estes mesmos empregos criados estão com remuneração inferior ao anterior. Ou seja, em 2019, o salário médio dos demitidos (R$ 2.077,02) na região superou a remuneração média dos contratados (R$ 1.724,92). A diferença média é de R$ 352,21 entre as duas categorias.
O setor de Serviços foi o que mais gerou empregos em Ribeirão Pires em 2019, com 573 vagas; no entanto, é justamente este setor que puxa a média salarial dos trabalhadores para baixo, pois o salário médio do setor de Serviços é inferior ao da Indústria.
Em Rio Grande da Serra também foi esse setor (Serviços) que gerou mais empregos, com 40 novas vagas. Por outro lado, a quantidade de Microempreendedores Individuais (MEIs) também aumentou se comparado entre os anos de 2018 e 2019.
Em Ribeirão Pires o número de MEIs passou de 4.707 em 2018 para 5.879 no ano passado; um aumento de 24,9%. Já em Rio Grande da Serra esse mesmo setor cresceu 25,3%, passando de 1.530 em 2018 para 1.917 em 2019.
Esse aumento no número de MEIs, segundo especialistas, está diretamente relacionada ao desemprego, são os chamados empreendedores por necessidade e esse crescimento na microrregião é uma tendência nacional. “Ainda estamos em um processo de recuperação de crise severa e o emprego é o último indicador que reage. Quando começarmos a crescer economicamente, primeiro as empresas devem ocupar a capacidade ociosa e só contratarem se permanecer a tendência de crescimento. O emprego não vai reagir tão rápido”, afirmou o gerente regional do Sebrae, Paulo Sérgio Cereda ao jornal Diário do Grande ABC.
A média anual de desocupados completou 2019 com menos 215 mil pessoas em relação ao ano anterior. Com o recuo de 1,7%, ficou em 12,6 milhões.
No último trimestre de 2019, a queda na comparação com os três meses anteriores ficou em 7,1%, ou menos 883 mil pessoas. Com relação a igual período de 2018, o recuo é de 4,3%, o que significa menos 520 mil pessoas.
Um exemplo claro de que o desemprego ainda assusta e assusta bastante aconteceu em Ribeirão Pires no dia 23 de janeiro desse ano, quando uma grande rede de supermercado anunciou a abertura de vagas de trabalho na cidade.
Milhares de pessoas ficaram na fila no Posto de Atendimento ao Trabalhador, localizado no Centro, embaixo de chuva e sol para conseguir fazer uma ficha e disputar uma vaga no mercado de trabalho. Foi apenas um dia de recrutamento de fichas e as vagas acabaram.