Política

Primeiros depoimentos da CEI do Pix acontecem na quinta

Eduardo Dias e Waine Arcanjo prestarão depoimento à CEI

Convocações aconteceram no dia 4 de agosto

Imagem:Foto: Reprodução

Por Thainá Maria

Quinta-feira, dia 11 de agosto, foi o dia escolhido pelos membros da Comissão de Especial de Inquérito (CEI) para ouvir os primeiros depoimentos de testemunhas. A comissão tem como objetivo apurar denúncias de um suposto esquema de corrupção na gestão de Claudinho da Geladeira (PSDB) e pagamento de propina por pix. Os primeiros convocados são o empresário Eduardo de Jesus Dias e o suplente de vereador Waine Arcanjo (Agir).

Dias é um dos nomes que pediram a cassação do então prefeito de Rio Grande da Serra, acusado de não responder 17 requerimentos de vereadores. Na época, a defesa de Claudinho alegou que o empresário teria levado documentos falsos à Câmara. O caso chegou a ser comunicado à Polícia Civil, que instaurou inquérito para apurar a denúncia.

O segundo depoente será Waine, que afirmou ser sondado por Geladeira antes da sessão de julgamento que culminou no impeachment do prefeito. O objetivo era oferecer a Secretaria de Esportes a Claudinho Monteiro (Agir) e, assim, barrar sua cassação pela Câmara Municipal.

Durante a reunião, os membros da CEI chegaram a discordar sobre a convocação de Eduardo Dias. Para o vereador Marcelo Cabeleireiro (PSD), o depoimento do empresário não diz respeito ao processo em questão. No entanto, o presidente da comissão, o vereador Elias Policial (Podemos), e o relator Roberto Contador (Avante) colocaram-se favoráveis. “O objetivo é esclarecer os fatos que possam contribuir e trazer dados para uma investigação transparente”, disse Elias.

 

CEI do Pix

No último mês, os vereadores da Câmara Municipal de Rio Grande da Serra aprovaram, por 10 votos a três, a criação da CEI (Comissão Especial de Inquérito) para apurar as possíveis transações via pix realizadas pelo então secretário de Governo Admir Ferro ao ex-chefe de assessoria do Legislativo Gabriel Campagnoli.

A investigação foi instaurada a pedido do vereador Marcelo Cabeleireiro (PSD) após a delação do ex-servidor da Câmara ao Ministério Público Gabriel Campagnolli. As apurações devem durar 45 dias, podendo ser prorrogadas por mais 45 dias caso haja necessidade.

Os trabalhos da CEI também deverão se aprofundar na tentativa de Claudinho da Geladeira em aliciar um suplente de um dos vereadores do município, na tentativa de impedir sua cassação.

A situação sofreu um revés após o funcionário voltar atrás em sua versão e realizar uma delação premiada ao Ministério Público confessando ter sustentado uma versão dos fatos com intenção de prejudicar vereadores da cidade, a mando de Admir Ferro.

Junto à delação, o ex-chefe de assessoria da Câmara Municipal anexou prints de comprovantes de transferências bancárias realizadas em nome do Admir, naquilo que seria uma recompensa por sustentar a então narrativa de que os requerimentos de informação não teriam sido protocolados de maneira correta. A negociação entre as partes teria sido acordada no valor de R$ 4 mil mensais.

 

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